A sociedade acusa muitas vezes os partidos de serem antiquados e de apenas olharem aos seus interesses. Se for melhor para o país, na sua opinião, o PSD deverá coligar-se com a esquerda? O PSD estará preparado?
Durantes estas quatro décadas de democracia em Portugal, o PSD é o partido que mais mostras tem dado de abertura ao diálogo e trabalho conjunto em nome do país.
Em 2010, quando o governo socialista disse que era preciso subir os impostos para que Portugal corrigisse o défice, dizendo que não havia tempo para qualquer outra medida, o PSD – na altura já liderado por Pedro Passos Coelho, aceitou no Parlamento aumentar os impostos. Fê-lo porque sabia que isso podia ser importante para evitar um pedido de ajuda externa a Portugal.
Agora no Governo, temos convocado várias vezes o maior partido da oposição a firmar pactos em prol do pais. Recentemente, o Primeiro-Ministro desafiou o PS a contribuir para uma grande reforma da Segurança Social.
Não está nos nossos genes falar sozinhos. Os portugueses não querem saber se os entendimentos são à direita ou à esquerda, querem é medidas sérias e corajosas. É isso que veem neste governo e querem continuar a ver em governos futuros.
A meu ver, o Partido e Governo têm uma dificuldade em transmitir para a população os objectivos e melhorias do país. O que deveria ser feito para que a informação chegasse à população?
Creio que a informação está a chegar à população. Os portugueses estão cientes do ponto de partida deste Governo e do muito que se andou até aqui.
Ainda não estamos no ponto de chegada ideal, mas não passa despercebido aos portugueses o trabalho árduo e indispensável que temos feito para lançar as bases de um país novo. E muito há ainda a ser feito.
Em todo o caso, tivemos num passado muito recente um governo que era exímio a comunicar e terrível a governar. Esse é o exemplo que não queremos seguir.
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