Para que uma democracia funcione tem de cumprir algumas dimensões que não são estritamente democráticas - a delegação, a representação, o recurso ao saber informado – que a tornam possível. Paradoxalmente, a democracia perverte-se se não se faz o que o povo quer ou se apenas se faz o que o povo quer.
Será possível, num futuro próximo, existir um trabalho de equipa entre Técnicos e Políticos?
Numa sociedade democrática, é preciso equilibrar os critérios técnicos e os políticos, que geralmente estão separados. Hoje, ou os técnicos decidem e os políticos “vendem” a decisão ou dá-se o inverso. Mas o correto seria que os critérios técnicos e os critérios políticos estivessem juntos no momento da decisão, debatendo entre si.
Ficaria muito satisfeito se partilhasse a sua visão acerca do seguinte: qual é sua visão sobre nós jovens, que como cidadãos activos que somos, procuramos desde cedo ser interventivos e participativos na vida política e social?
A comunicação social é cada vez mais, senão mesmo o maior meio de espalhar mensagens políticas. Acha que os média influenciam a ética política negativamente?
Qual o papel que os jovens de hoje em dia (especialmente em Espanha ou Portugal) devem ter? Deve-se apostar mais na formação multidisciplinar ou numa formação mais específica?
Enquanto observador externo de Portugal, como acha que é o interesse da juventude relativamente à política, comparativamente ao que observa em Espanha? Acha que o interesse ou o desinteresse pela política deve-se a que factores?
Sendo o Professor um especialista na área da Ciência Política, como se pode analisar as áreas tendencialmente mais interventivas na sociedade (como economia e direito) não terem qualquer interesse nessa área?